Nossa História

 

Após a Segunda Guerra Mundial, a indústria farmacêutica começou a produzir em larga escala medicamentos contendo fármacos sintetizados. A farmácia, então, se transformou em um estabelecimento estritamente comercial, escoando os medicamentos da indústria. Surge nesse contexto, o balconista que passa a “substituir” o farmacêutico realizando suas principais funções.

O farmacêutico foi expulso da farmácia, de fato, mas não de direito, pois a lei obrigava a assinatura do farmacêutico como responsável técnico. Estava vinculado a uma farmácia e ganhava salário, mas não trabalhava. Isso levou a uma perda da sua identidade profissional, trazendo inúmeros prejuízos para a profissão, gerando desmotivação do profissional e desunião da classe.

A partir de 1998, a situação do medicamento, da farmácia e do farmacêutico começou a mudar para a melhor. A cadeia do medicamento foi regulamentada: produção, distribuição, transporte e dispensação de medicamentos; Iniciou-se um controle rígido sobre os estabelecimentos; Foi publicada a Política Nacional de Medicamentos, em decorrência disso, ocorreu a criação da Anvisa e do medicamento genérico; A revisão da RENAME; A publicação da RDC 328/99, que instituiu as boas práticas de dispensação para farmácia e drogaria; A realização da Conferência Nacional da Assistência Farmacêutica e do Medicamento; e A publicação da RDC 44, que institui a atenção e os serviços farmacêuticos.

Objetiva-se assim resgatar a importância do farmacêutico como profissional de saúde, engajado nas principais questões de saúde pública e a inserção e permanência do profissional nas unidades de saúde e nos estabelecimentos responsáveis pela manipulação magistral farmacêutica, atuando de forma efetiva na assistência farmacêutica.

A farmácia hoje tem por objetivo a promoção da saúde através da personalização da relação de confiança entre médico-farmacêutico-paciente. Neste sentido, o objetivo é extinguir o modelo da farmácia estritamente comercial e inserir, no século XXI, a farmácia assistencial, com a participação integral do farmacêutico.

Acredita-se que para essa nova versão de estabelecimento farmacêutico os seus donos devam ser farmacêuticos, conhecedores das demandas e necessidades da comunidade e cumpridores da ética profissional. Obviamente que deverão ser alimentados pelo pensamento empreendedor e capacitados para a gestão empresarial. 

A profissão farmacêutica no novo milênio forçará seus profissionais a continuar se destacando em todos os campos que já operam e nos novos campos que se abrem para a sua atuação. O mercado atual cada vez mais competitivo não requer somente profissionais qualificados, mas passa a exigir que estes profissionais tenham também perfil e atitudes empreendedoras.

Características como criatividade, liderança, pró-atividade, autoconfiança, persistência, flexibilidade, determinação, capacidade de trabalhar em equipe são típicas de um empreendedor.

Neste cenário, a V Semana de Farmácia com o tema Empreendedorismo, marketing e gestão na profissão farmacêutica vem contribuir para alimentar o sonho empreendedor de cada estudante e profissionais farmacêuticos, bem como capacitar e/ou aprimorar o conhecimento na gestão empresarial.